Completude da Informação “Ocupação” nos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil: Bases para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho

Autores

  • Marília Fornaciari Grabois Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9368-1030
  • Mirian Carvalho de Souza Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Raphael Mendonça Guimarães Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Ubirani Barros Otero Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP)/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1464-2410

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2014v60n3.465

Palavras-chave:

Neoplasias, Sistemas de Informação em Saúde, Saúde do Trabalhador, Registros Hospitalares

Resumo

Introdução: A abordagem da ocupação em pacientes com câncer, especialmente de pulmão, de bexiga, leucemias e mesoteliomas, entre outros, pelos profissionais de saúde, e insuficiente e repercute negativamente na busca do nexo causal. Objetivo: Quantificar o percentual de ausência de informação sobre ocupação nos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico. Foi avaliada a completude da informação “ocupação” nos Registros Hospitalares de Cancer no Brasil, estratificados por macrorregião, entre os anos de 2000 e 2008. Foram analisados, para cada sexo, os casos com idade maior ou igual a 30 anos e os seguintes tumores: pulmão, bexiga, cavidade oral, faringe, laringe e leucemias. Resultados: O percentual medio de ausência de informação sobre ocupação foi superior a 45% para todas as topografias selecionadas; mas, em mulheres, esse percentual foi ainda maior. Ao longo dos anos estudados, observou-se pouca melhora na qualidade da informação, com a maioria das regiões apresentando proporções superiores a 30% desse indicador, independente da neoplasia investigada. Conclusão: Os resultados apresentados são preocupantes do ponto de vista da saúde pública, especialmente da saúde dos trabalhadores. A falta dessa informação nos registros dificulta a identificação da ocupação como fator de risco importante para o desenvolvimento do câncer, o estabelecimento do nexo causal entre exposição e doença, e a elaboração e implementação de estratégias de vigilância do cancer relacionado ao trabalho no país.

 

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Publicado

2014-09-30

Como Citar

1.
Fornaciari Grabois M, Carvalho de Souza M, Mendonça Guimarães R, Barros Otero U. Completude da Informação “Ocupação” nos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil: Bases para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de setembro de 2014 [citado 29º de março de 2024];60(3):207-14. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/465

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