Filtro de Veia Cava Inferior: Características Clínicas e Prognósticas de Pacientes Oncológicos do INCA

Autores

  • Marcos Jose Pereira Renni Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Pesquisa. Divisão de Pesquisa Clínica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3381-7394
  • Anke Bergmann Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Pesquisa. Divisão de Pesquisa Clínica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1972-8777
  • Andreia Melo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Pesquisa. Divisão de Pesquisa Clínica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1201-4333

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n1.841

Palavras-chave:

Filtros de Veia Cava/efeitos adversos, Neoplasias, Tromboembolia Venosa, Análise de Sobrevida, Morte

Resumo

Introdução: O tromboembolismo venoso é uma condição potencialmente fatal e frequente no paciente oncológico. Muitas vezes, a anticoagulação é inviável, e a colocação do filtro de veia cava (FVC) torna-se uma opção. A indicação clínica, entretanto, é controversa e gera alto custo. Objetivo: Descrever as características demográficas, clínicas e epidemiológicas dos pacientes com colocação de FVC e seu impacto na sobrevida global. Método: Estudo de coorte retrospectiva com pacientes em tratamento oncológico no INCA, que tiveram FVC implantado de janeiro/2015 até abril/2017. Na análise de sobrevida global em cinco anos, foram considerados o tempo entre o diagnóstico de câncer e o óbito por qualquer causa. Realizaram-se análise descritiva, estimativas de sobrevida (Kaplan-Meier) e regressão de Cox. Resultados: Foram incluídos 74 pacientes com média de idade 54 (+-15) anos. Em sua maioria, apresentavam tumores ginecológicos (52,7%) e digestivos (20,3%). O tempo mediano entre o diagnóstico de câncer e a colocação do FVC foi de 3,48 meses (0-203). No seguimento, foram observados 40 óbitos (54,1%) com mediana de tempo de 25 meses (IC 95%; 1,76-47,32). Na análise ajustada, verificou-se risco 5,63 vezes maior de morrer nos pacientes com colocação do FVC em até seis meses após o diagnóstico de câncer (HR=4,99; IC 95%; 2,20-11,33; p<0,001), e risco 2,47 vezes maior entre aqueles que não fizeram no pré-operatório (HR=2,47; IC 95%; 1,08-5,66; p=0,032). Conclusão: A colocação do FVC foi realizada com maior frequência em pacientes com tumores ginecológicos e em até seis meses após o diagnóstico de câncer foi associada a maior risco de óbito.

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Publicado

2020-12-28

Como Citar

1.
Renni MJP, Bergmann A, Melo AC de. Filtro de Veia Cava Inferior: Características Clínicas e Prognósticas de Pacientes Oncológicos do INCA. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 28º de dezembro de 2020 [citado 18º de abril de 2024];67(1):e-01841. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/841

Edição

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ARTIGO ORIGINAL

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